domingo, 28 de abril de 2013


ARTISTA PLÁSTICA DE 12 ANOS PROMETE SER SENSAÇÃO DA EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL


Anna Júlia Rodolphi Ramos: talento jovem de Varre-Sai (RJ)   

A jovem Anna Júlia Rodolphi Ramos, de 12 anos de idade, promete ser uma das atrações da 8a. Exposição Internacional, que integrará o 4o. Circuito Cultural Arte Entre Povos, previsto para ter início no dia 9 de agosto, no ECLB (Espaço Cultural Luciano Bastos), em Bom Jesus do Itabapoana (RJ).

Filha de Beatriz do Carmoa Rodolphi e Josemar da Silva Ramos, de Varre-Sai (RJ), ela estuda a 8a. Série do Ensino Fundamental na Escola Coração de Jesus, e está preparando obras que prometem encantar o público presente.

sexta-feira, 19 de abril de 2013



OS ESCÂNDALOS DO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA EM BOM JESUS


1o. Escândalo
Com 4 usinas hidrelétricas em seu território, Bom Jesus amarga apagões com o surgimento de relâmpagos. Atravessando a ponte, contudo, Bom Jesus do Norte (ES) mantém inalterado o serviço de fornecimento de energia

2o. Escândalo
Empresa AMPLA, responsável pelo fornecimento de energia, mantém lâmpadas de postes acesas em pleno dia

3o. Escândalo
Placas da CEMIG anunciam uma inexistente Unidadade de Conservação em Rosal



1o. ESCÂNDALO

Com 4 (quatro) Usinas Hidrelétricas em seu território, Bom Jesus amarga apagões com os primeiros relâmpagos


Bom Jesus do Itabapoana possui funcionando em seu território
4 Usinas hidrelétricas: A Usina de Rosal, a PCH de Calheiros, a PCH Franco Amaral e a PCH Pirapetinga.

AS QUATRO USINAS DE BOM JESUS DO ITABAPOANA

1) PCH DE PIRAPETINGA





2a) PCH DE CALHEIROS


3a.) PCH FRANCO AMARAL


Adicionar legenda




4a. USINA DE ROSAL








Não obstante isso, o município padece com os apagões que ocorrem ao menor sinal dos primeiros relâmpagos. Diferentemente do que ocorre com Bom Jesus do Norte (ES), o vizinho município do lado capixaba, localizado a poucos metros de distância,  que mantém o serviço de fornecimento de energia inalterado.

Em 1991, o Governo Federal privatizou serviços e empresas públicas. Nesta esteira, em 2004,  a CERJ (Companhia Elétrica do Rio de Janeiro) foi privatizada. Quem assumiu sua função, desde então, foi a AMPLA Energia e Serviços S.A, controlada pelo grupo espanhol ENDESA.

A partir de então, o interesse privado da empresa tem sempre contrastado com o interesse público.




OS PREJUÍZOS COM OS APAGÕES



A constância dos apagões tem levado transtorno a todos os moradores dos municípios, que ficam impotentes, mesmo diante das reclamações feitas à AMPLA, cujo telefone se limita a informar que a energia voltará em instantes.

Rua Tenente José Teixeira



Praça Governador Portela


                            
Bairro conhecido como "Loteamenteo Miguel Motta"

Atravessando a ponte, e chegando a Bom Jesus do Norte, do lado capixaba, não se observa qualquer problema de energia durante as tempestades que causam apagões em Bom Jesus do Itabaopana



Os proprietários da Sorteveteria Estção Delícia, conhecida como Sorveteria do Leleu, Leo Peracche de Oliveira e Zeni Medeiros de Oliveira, são alguns dos que se irresignam com a situação: "Os produtos necessitam de uma temperatura ideal. Quando há oscilação da mesma, eles acabam se cristalizando e ficando arenosos, impossibilitando a venda", reclama Leleu.

Segundo, ainda, Leleu, "com a falta de energia, somos obrigados a levar vários produtos para Bom Jesus do Norte, onde não ocorre apagão. Isso é motivo de aborrecimento e preocupação, sem contar com o fato de ficarmos sem os fregueses".

Em relação à reclamação à AMPLA, Leleu diz que "não adianta ligar para a empresa. Eles colocam uma gravação que informa que a energia voltará em instantes. Ocorre que no último apagão ocorrido em março a energia levou cerca de 7 (sete) horas para ser normalizada", assinalou.

Leo Peracche e Zeni, da Sorveteria do Leleu: prejuízo com os apagões

Outra reclamação sobre o prejuízo com os apagões foi feita pelo casal Madalena Maria e João Batista, que assinalaram que o aparelho de tv de sua residência queimou com um dos apagões.

Aparelho de TV da residência de Madalena Maria e João Batista queimou com os apagões


 Gravação do telefone da AMPLA diz que a energia voltará em instantes, mesmo quando leva 7 (sete) horas para ser normalizada








2o. ESCÂNDALO

AMPLA MANTÉM LÂMPADAS DE POSTES ACESAS DURANTE O DIA: CONTA VAI PARA O CIDADÃO

O forneceimento de energia elétria a lâmpadas de postes, no período do dia, constitui outro escândalo, uma vez que quem paga a conta, ao final, é o cidadão. 


Lãmpada de poste na Praça Amália Teixeira, em frente à sede da Ampla, fica permanentemente acesa durante o dia

Lâmpada do poste da praça Amaral Peixoto também fica acesa durante o dia


Lâmpadas de vários postes de ruas ficam acesas no período do dia: a população paga a conta


Francisco Rodolphi, taxista:" Por todo o lugar onde se vai, há lâmpadas acesas nos postes, durante o dia.  Isso é um absurdo"


Maycon Muniz de Carvalho, taxista: "É lamentável o desperdício de energia com as lâmpadas dos postes acesas durante o dia"



Não bastasse isso, há ruas com iluminação inadequada, como ressaltou Otoniel Ribeiro da Silva: "A rua 21 de abril, na altura do número 431, possui iluminação insuficiente, o que faz com que os transeuntes sofram risco de serem assaltados".




Otoniel Ribeiro da Silva: "a rua 21 de abril, na altura no número 431 tem iluminação insuficiente, o que faz com que os transeuntes sofram risco de serem assaltados"


3o. ESCÂNDALO: 

PRESERVAÇÃO PARA BONJESUENSE VER: UNIDADE DE CONSERVAÇÃO ANUNCIADA É INEXISTENTE




A instalação da Usina Hidrelétrica de Rosal ocasionou para a CEMIG (Centrais Elétricas Minas Gerais), vencedora dos direitos de exploração da energia, o compromisso de instalar o PARQUE MUNICIPAL DE BOM JESUS DO ITABAPOANA, uma Unidade de Conservação, destinado à visitação pública, com espaços para pesquisa, internet e até uma lanchonete.

Contudo, as placas indicativas do referido Parque constituem o que se poderia chamar, no Código de Consumidor, uma propaganda enganosa. A reportagem de O NORTE FLUMINENSE esteve no local e constatou uma verdadeira "Diversidade de Falta de Conservação".

As margens do rio Itabapoana, dentro do Parque, estão repletas de detritos trazidos pelas enchentes dos últimos anos e lá pemanecem impávidas. Vejam algumas fotos do local.











Mas não são apenas as margens e as águas que estão sem conservação.  Para se chegar ao Parque e para percorrer o mesmo, tem-se de enfrentar o desafio da falta de preservação das estradas e dos caminhos.

Para se chegar ao Parque deve-se acreditar que a estrada, sem conservação, leva até ele


Para andar no interior do Parque, deve-se crer que ali há um caminho que leva a algum lugar


Além disso, os prédios edificados para funcionarem a lanchonete e o serviço de internet estão fechados desde quando os mesmos foram concluídos há cerca de 4 (quatro) anos, ou seja: nunca funcionaram.

Aqui deveria funcionar uma lanchonete


Neste local deveria funcionar um serviço de internet para os alunos e visitantes


Aqui chegou a ser instalado um "parquinho" para crianças

A área destinada para o lazer nunca funcionou


CACHOEIRA DO POÇO MORTO

São três as cachoeiras que integram o Parque Municipal de Bom Jesus do Itabapoana: a do Poço Morto e outras duas que ainda estão sem nome.

Cachoeira do Poço Morto: nome sugestivo ao futuro do parque?

Cerca de cinco funcionários são mantidos pela empresa, que deixa trasparecer a preocupação em preservar apenas as placas indicativas do Parque Municipal de Bom Jesus do Itabapoana.



Placas indicativas do Parque Municipal de Bom Jesus do Itabapoana...


...constituem a única coisa realmente preservadas pela CEMIG







DISTRITO SE REBELA CONTRA PLACAS IMPLACÁVEIS DA PREFEITURA



Moradores do Distrito de Calheiros, comunidade colonizada por italianos, se rebelaram contra as novas placas da prefeitura que estão sendo implementadas para indicarem os nomes das ruas.












Moradores de Calheiros rasparam a referência à propaganda de empresa



Segundo um dos moradores, "ao invés das placas serem utilizadas para fins informativos, esclarecendo, por exemplo, dados sobre a pessoa homenageada, a prefeitura inseriu nas mesmas propagandas de empresas, que, em geral, ocupam espaço maior do que o destinado ao nome da rua".



Em decorrência dessa situaçao, moradores revoltados rasparam os nomes das firmas constantes nas placas.






A propaganda comercial desta placa também foi rasapada por moradores de Calheiros



Segundos um morador ouvido por O Norte Fluminense, "a prefeitura faz associação indevida do nome de pessoas com o nome de empresas. Além disso, é questionável a finalidade comercial conferida a algo que deveria ser exclusivamente de interesse público". 


Placas tradicionais estão sendo substituídas por outras contendo propagandas de firmas
 
Outro morador indagou: " qual o valor que tais empresas estariam pagando à prefeitura? qual o destino dado aos recursos obtidos?". Um morador de Bom Jesus, por sua vez, aumentou o rol das críticas:   " isso é um mimo indevido que a prefeitura faz com os empresários, utilizando para isso o espaço público".


Além das placas afixadas nos prédios, outras com propaganda comercial foram colocadas em postes



Chama atenção, por outro lado, o fato de uma placa afixada na rua 15 de Novembro anunciar a "Praça Amaral Peixoto". Não bastasse isso, a prefeitura municipal autorizou que placas com conteúdo comercial fossem afixadas em postes. 


Na rua 15 de Novembro foi colocada uma placa...



...que indica uma praça



Enquanto isso, placas tradicionais foram abandonadas pela prefeitura municipal


Ao mesmo tempo que a prefeitura municipal autoriza a bagunça generalizada das placas com objetivo comercial, ela simplesmente abandona as  placas que cumprem com sua finalidade pública.


Da Série Entrevistas de O NORTE FLUMINENSE

O ORGULHO DE TER NASCIDO NA SERRINHA

No dia 19 de março de 1919, uma tropa, comandada por Marcio Mota Duarte, que saíra do atual distrito de Serrinha, chegara a Resplendor, em Minas Gerais. De lá, ele enviou uma foto ao "tio Badeco", nomeando as mulas que compunham a mesma, "da guia para o coice", ou seja, da primeira à ultima, São elas: "Japoneza, Revista, Disafio, Marfim, Liança, Divisa, Brasileira, Brasil, Baratinha, Nedy e Brasão".

Esta é uma das fotos históricas do acervo de Archimar Mota Velasco, conhecido como Velasco, proprietário da Extreme Lan House, localizada na Praça Governador Portela.

Ele é um dos que têm orgulho de ter nascido na Serrinha.



Tropa da guia para o coice, isto é, da primeira à última mula: Japoneza,  Revista, Disafio, Marfim, Liança, Divisa, Brasileira, Brasil, Baratinha, Nedy e Brasão.


Verso da foto anterior: Mario Mota Duarte, tio de Velasco, casado com Luzia Velasco, levou sua tropa, da Serrinha para Resplendor (MG). A foto foi destinada a Badeco, tio do pai de Velasco



A família de Velasco é de origem espanhola e trouxe para Bom Jesus do Itabapoana uma tradição aprendida na Serrinha: trata-se da "Cruzeta", um jogo praticado em todas as tardes de domingos, após o almoço, na rua Aureliano Ferreira de Aquino, onde reside Auri Mota Garcia, irmã de Velasco.

Segundo Auri, "praticamos a cruzeta há cerca de 60 anos, desde quando viemos na Serrrinha". Embora ninguém soubesse informar a origem do jogo, outra irmã de Velasco, Maria Amélia, diz que "a cruzeta é a sobremesa do almoço dos domingos".




Cruzeta: tradição da Serrinha trazida para a cidade


A família Velasco se reúne todos os domingos, na rua Aureliano Ferreira de Aquino, para jogar a cruzeta

Maria Amélia Velasco: "a cruzeta é a sobremesa do almoço dos domingos"



Muitas lembranças povoam a mente de Auri:  " nos idos de 1960, havia farmácia, barbearia e loja de tecido. Estive recentemente na Serrinha, e observei que o distrito está se levantando. Eu teria coragem de me mudar para lá, novamente, e montar uma mercearia. A Serrinha já teve momentos bons e ruins. Considero que, agora, o momento é positivo".


Auri Mota Garcia completará, no dia 27 de julho do próximo ano, 50 anos de casamento...

...com Jary

Auri relata ainda que "meus pais Francisco Velasco, da Serrinha, e Iracema Velasco Mota, de Pádua, casaram-se e posteriormente foram morar em Resplendor (MG), onde tiveram os filhos Ari e Abelardo, já falecidos. Posteriormente, nasceram Alice, Antonio José, Auri, Antonio Francisco e Maria Amélia. Quando retornaram à Serrinha, nasceram Anchimar e Juventina. Recordo-me, ainda, que as regiões de Santa Rita e de Barro Preto eram as que mais produziam café".

Anchimar Mota Velasco: orgulho de ter nascido na Serrinha


Anchimar Mota Velasco é irmão de Auri e Maria Amélia Velasco. Nascido na Serrinha, filho de Francisco Velasco e Iracema Mota Velasco, foi estudar no Rio de Janeiro, com 11 anos de idade, mas nunca perdeu as raízes.

Velasco atualmente reside em Bom Jesus do Itabapoana, e lembra que seu pai era tropeiro.




Francisco e Iracema, com os filhos Abel e Ari, em 1933



Velasco recorda ainda, da "Maria Fumaça", o trem movido a caldeira, que havia em Santo Eduardo, distrito de Campos dos Goytacazes (RJ), que, depois foi substituído pelo "Cacique", movido a diesel.

 Francisco, em foto de 1934




Ônibus da empresa de Francisco Teixeira Velasco, na década de 1950


Dois ônibus da empresa de Francisco Teixeira realizavam o trajeto de 40km entre Santo Eduardo-Serrinha, de acordo com os dois horários de trem: o expresso, que chegava à tarde, e o noturno



Ari, irmão de Velasco, em foto da década de 1950



Família Velasco: Auri, Sara, Iracema, Maria Amélia, Caio, Juventina, Tatiana, Bernardo e Jary


Pedro José Santana é outro que tem orgulho de ter nascido na Serrinha, no dia 15 de agosto de 1937. Filho de Oscar José Santana, conhecido como Oscar Peró, e Domingas da Silva, possui 4 filhos: Márcio, Marco, Oscar e Fábio. Seu avô paterno, Pedro José Santana, era conhecido como Peró, e sua avó era conhecida como Candinha. Ambos nasceram na Serrinha. "Meu avô tratava as pessoas através da homeopatia e vivia para fazer o bem", assinalou.




Pedro José Santana: "na Serrinha havia muita fartura"


Os avós maternos, contudo, vieram de Capoeirão, localidade de Posse do Meio, em Campos dos Goytacazes (RJ): Antenor Militão e Zinha. Pedro faz questão de relatar que "a avó de Zinha era índia puri e foi pega a laço".

Segundo Pedro, "eu foi criado na enxada, na propriedade conhecida como 'Criador'. Como todo o tipo de transporte era baseado em tropa e carro-de-boi, nós aprendemos a montar em burro bravo e pegar boi a mão. Naquele tempo, contudo, havia muita fartura. Tinha porco, galinha, milho e arroz".

Outro detalhe ressaltado por Pedro: ele e sua irmã Benedita casaram-se com os irmãos Alice e Ari.



Fazenda Cachoeira Alegre

O distrito de Serrinha viveu época de prosperidade quando todos produziam arroz. É o que conta Admar Dias, proprietário da Fazenda Cachoeira Alegre. Segundo ele, a fazenda já contou com cerca de 20 empregados e recebeu várias premiações pela qualidade do arroz produzido em sua propriedade: "Já produzi 4 mil sacas de arroz em um ano", lembra com orgulho.

"Ocorre que, na época do governo do presidente Fernando Henrique, grandes empresas passaram a produzir arroz no Brasil, fazendo com que a nossa produção nos levasse ao prejuízo. Por este motivo, todos tivemos que abandonar a produção do arroz. Hoje, só tenho 1 funcionário", lamenta Admar, que, ainda assim, comanda a produção de leite, peixe, coco e tangerina.




Antiga tulha de arroz da Fazenda Cachoeira Alegre



Interior da tulha: lembrança da exuberância do arroz de outrora



Troféus premiaram a qualidade da produção de arroz na Serrinha


Admar Dias e Enide Almeida da Costa consomem tudo o que produzem




Coco, tangerina, peixe e leite são produzidos na Fazenda Cachoeira Alegre

Serrinha, hoje


Segundo a obra "Nossa Terra Nossa Gente",  de Ana Cristina Boniolo de Oliveira e Ivana dos Santos Gomes, Serrinha foi muito próspero no passado: "A Vila crescia, o comércio tornou-se mais rico com padarias, farmácias e vendas. A agricultura cada vez mais forte, até que, com a erradicação dos cafezais pelo governo muita coisa mudou. Muitos colonos e empregados das fazendas tiveram que procurar emprego e mudaram para a sede dos municípios, provocando o despovoamento de um lugar que hoje poderia estar bem mais populoso e desenvolvido" (pág. 50)

Em relação à cultura, as autoras salientaram que "o folcore da região era muito rico, segundo moradores antigos, tinha: o 'boi pintadinho', 'jaguará', 'mineiro pau', 'caxambu', as festas juninas e etc"


Casas abandonadas podem ser vistas no trajeto até o distrito de Serrinha

Quem se desloca até o distrito da Serrinha pode observar várias casas abandonadas.O distrito, embora apresente sinais de certa estagnação econômica, revela, por outro lado, alguns sinais de recuperação. A única loja da localidade é a Lojinha da Alessandra, estabelecida há cerca de 8 anos. O Salão de Beleza da Natalícia, fundado há cerca de 10 anos, é outro ponto de destaque.

Há notícia de que, futuramente, possa ser estabelecida ali uma fábrica de confeção, o que poderia resultar no emprego para cerca de 24 pessoas, o que traria, novamente, a esperança de dias melhores.



Lojinha da Alessandra: 8 anos de funcionamento

O salão de beleza de Natalícia foi inaugurado há 10 anos


1a. Escola Estadual de Serrinha, "José Edson Ananias", fundada em 1959: mais um prédio histórico abandonado pelo poder público





NOMES DE DESCENDENTES QUE AJUDARAM A CONSTRUIR SERRINHA




CATARINA. Foi a 1a. professora de Serrinha. Vive hoje na Rua dos Mineiros, em Bom Jesus do Itabapoana.

ANTONIO BARBOZA. Motorista, esposo da professora Norma, a segunda professora de Serrinha. Esta dava aulas para alunos da 1a. à 5a. séries e todos aprendiam muito.

JOSÉ DOMINGOS DE ANDRADE. Pessoa muito estimada. Possuía uma farmacinha. Não era farmacêutico formado, mas receitava medicamentos. Foi vereador por 4 mandatos.

 JOSÉ BROTINHO. Pessoa estimada da família dos Nunes.Foi o primeiro a levar uma máquina de picolé para Serrinha, assim que a energia foi instalada por lá. Era a atração da criançada.

  EDUARDINHO. Possuía um carrinho puxado por cabrito, que levava a família para a Igreja.

ARTÊMIO. Era sapateiro. Produzia chinelo com solado de pneu, que não acabava nunca. Quem comprava um, portanto, não precisava comprar outro.

JOSÉ NEVES. Rezador, benzia água e curava todas os problemas de quem tinha fé. Sua fama se espalhou. Pessoas vieram até do Rio de Janeiro para se tratar com ele. Faleceu provavelmente de doença de Chagas.

MANOEL CAIXEIRO. Homem trabalhador, criava seus filhos levando o que colhia para vender na Usina Santa Maria. Ia a pé tocando uma mula com o nome de Rodela. Esta mula costumava parar na estrada e rodopiar, o que chamava atenção.

JOÃO CAIXEIRO.  Irmão de Manoel Caixeiro, era proprietário de uma vendinha com diversos tipos de mercadoria.

ELPÍDIO VELASCO. Conhecido como Pico, andava muito a cavalo. Era sua mulher, Maria Bento, contudo, quem pegava o animal e o arreava para que ele montasse no mesmo.

FRANCISCO VELASCO. Possuía uma linha de ônibus e costumava carregar as pessoas de graça. Quando chegava no final do dia, normalmente não havia nada no bolso do trocador.


NEM GUIMARÃES. De família respeitada, cujos descendentes moram atualmente no bairro Asa Branca, em Bom Jesus do Itabapoana.

VALDEMAR NUNES. Possuía um sítio um pouco retirado da Serrinha. A terra era muito boa e, segundo comentários, não era necessário plantar para colher.

JOSÉ RIBEIRO. Seus filhos eram ótimos jogadores de futebol. Jogavam no time local conhecido como Brasileiro.

JOÃO BARBEIRO. Cortava cabelo e tocava sanfona com habilidade. Realizava bailes por toda a região.

CHICO LIVINO. Possuía uma venda, que era muito frequentada. Neste comércio, vendia até carne de porco.


ALÍPIO FREITAS. Fazendeiro que possuía um jeepe, considerado um "carrão", na época.

OSCAR PERÓ. Homem muito sério, nunca tirava o chapéu.

MANOEL GOMES. Fazendeiro. Quase todos os filhos foram para o Rio de Janeiro. Era tratado como Manoel Gominho.

ANTONIO APOLINÁRIO. Na Serrinha, o padroreiro era São José. Como a igreja era pequena, ele cedeu um terreno para ser construída outra igreja, mas ele queria que o nome do padroeiro fosse trocado para Santo Antõnio. Sua sugestão, contudo, não foi aceita. Conta-se que, depois, ao limpar uma arma, acidentalmente disparou um tiro, que acertou em sua vista. Esse episódio foi interpretado como uma mensagem do padroeiro São José.

ANTONIO VELASCO. Homem que socorria todas as pessoas que procuravam por sua ajuda.

MANOEL GOMES. Conhecido como Manoel Gomão. Gostava muito de ir à venda e pedir carne-seca e cebola. Comia até ficar satisfeito.

LIOBINO. De família qualificada. As visitas não saiam de sua casa sem tomar café e comer alguma coisa.


JOÃO ROCHA. Fazendeiro. Família morava em Campos. Ele levava frutas para a família e trazia as cascas para tratar dos porcos.

GODOFREDO NUNES. Possuía um salão onde ocorriam os matinês do Carnaval.

MANOEL BENTO DE ALMEIDA. O Neca Bento. Homem forte, gostava muito de falar. Tinha saúde, enquanto sua esposa, conhecida como Quiquinha, costumava ficar adoentada. Ele, contudo, faleceu com cerca de 40 anos, enquanto sua esposa viveu até os 104 anos.

SILVÉRIO ANDRADE. Homem rígido, possuía uma máquina de pilar arroz e de café. Era conhecido como Filim Andrade.


Dessas 27 (vinte e sete) pessoas, 3 (três) estão vivas: CATARINA, SILVÉRIO ANDRADE e NEM GUIMARÃES.