sexta-feira, 11 de julho de 2014



AS HISTÓRIAS DE JOÃOZINHO BORGES

Joãozinho Borges foi entrevistado por Gino Martins Borges Bastos, na Panificadora Família Borges

João Baptista Ferreira Borges, conhecido como Joãozinho Borges, é filho de José de Oliveira Borges, o Zezé Borges, o primeiro prefeito de Bom Jesus do Itabapoana por ocasião de sua segunda emancipação, ocorrida no dia 1o. de janeiro de 1939. No interior da Panificadora Borges, durante um café da manhã, ele relatou histórias ao O Norte Fluminense. 


O PRÉDIO ONDE FUNCIONOU O PAÇO MUNICIPAL


"O prédio onde está localizado atualmente o Big Hotel,  funcionou como Paço Municipal por ocasião da 2a. emancipação de Bom Jesus do Itabapoana. Ele pertencia a João José de Figueiredo, conhecido como Sinhozinho Teixeira. Por herança, o imóvel passou a ser propriedade de Luiz Teixeira Mello que, ao final, vendeu por cinquenta mil para Almenara Sueth.

O Big Hotel, por sua vez, pertenceu a Nazir Tardin, minha cunhada. Depois, ela passou-o a sua mãe, Eurídice Tardin. Em seguida, Eurídice vendeu o o hotel para Pedro Teixeira de Siqueira, filho do Sinhozinho Teixeira, que, por fim, vendeu-o a Almenara Sueth".



A OPOSIÇÃO DE OSÓRIO CARNEIRO A ZEZÉ BORGES
 

"Meu pai, Zezé Borges, foi prefeito de Bom Jesus do Itabapoana, de 1939 a 1946. 

 Desde que tomou posse, contudo, teve a oposição sistemática de Osório Carneiro, através do jornal A VOZ DO POVO. 

Como o meu pai sempre respondia a todas as acusações, o jornal passou a ser bastante vendido, o que estimulou a continuidade da oposição. 

No ano de 1944, se não me engano, quando meu pai foi a Niterói, leu uma matéria do jornal falando mal dele. Assim que retornou da viagem e desceu da Estação de Trem em Bom Jesus do Norte, fez um discurso na porta da própria Estação contestando o artigo e atacando Osório Carneiro.

Eles fizeram as pazes por volta de 1945".



DONA CARMITA


"Dona Carmita, a professora de  História e severa diretora do Colégio Rio Branco, recebeu um aviso, certa vez, de que alguns alunos que ficavam no fundo da  sala de aula, além de não prestarem atenção, ficavam jogando "purrinha". Dona Carmita passou a vigiar os alunos. Quando observou que dois deles ficaram com as mãos fechadas sobre as carteiras, ela  dirigiu-se aos alunos e determinou que ambos abrissem as mãos. Ela estava convicta de que iria provar que eles estavam jogando e, assim, iria puni-los. Quando os alunos abriram as mãos, contudo, as mesmas estavam vazias, pois estavam de lona. Assim, não ficou caracterizado que eles estavam jogando 'purrinha' ".


TIÉRIS PEDROSA

"Tiéris Pedrosa possuía uma venda de secos e molhados combinada com bar. Quando aparecia um cliente pedindo uma pinga, ele sempre dizia: 'Uma dose para o freguês e uma dose para o Tiéris!'

 
Certa vez, na maçonaria, resolveram fazer uma brincadeira com Tiéris Pedrosa, que era maçom. Colocaram líquidos diferentes em quatro copos para que Tiéris identificasse a marca da cachaça. Tiéris provou a primeira e disse: - Matinha! Provou a segunda e assegurou: - Socrina! Ao provar a terceira, contudo, admitiu: - Não conheço! Depois foram constatar que se tratava de água.


Outro fato ocorrido com Tiéris, sucedeu quando papai foi nomeado prefeito de Bom Jesus do Itabapoana. Muita gente foi à nossa casa cumprimentá-lo. Uma dessas pessoas foi a dona Maricas, que disse à mamãe: - A sra., agora, é a 1a. Dama de Bom Jesus. Nisso, Tiéris Pedrosa interveio e falou: - Não, ela não é a 1a. Dama. Ela sempre foi a 1a. Dama!"



LÉ E O POSTE


"Lé era descendente de libaneses e costumava estacionar o táxi perto de um poste de luz, na Praça Governador Portela. Quando meu pai era prefeito, Lé pediu a ele que, quando morresse, pusesse o poste ao lado de sua sepultura. Quando Lé morreu, meu pai atendeu seu pedido. Aproveitou  a reforma da iluminação que estava sendo feita na Praça e colocou o poste ao lado de sua sepultura".


 



Nenhum comentário:

Postar um comentário