sábado, 28 de fevereiro de 2015




Pobres ricos
 
                    Luciano Rezende

A geração dos que nasceram após a década de 1990 certamente não vai se lembrar, mas todos os que nascemos antes disso trazemos na memória a fuga de brasileiros rumo aos Estados Unidos em busca de trabalho.

Muitos desses brasileiros saíam ilegalmente rumo aos EUA, sem eira nem beira, para trabalhar no que fosse possível. Obviamente, como eram clandestinos, aceitavam as piores tarefas e as mais baixas remunerações, totalmente excluídos de qualquer tipo de direito trabalhista ou da formalidade.

Como mineiro que sou, e pertencente a uma geração que nasceu na década de 1970, me lembro perfeitamente da menção depreciativa que se faziam da linda cidade de Governador Valadares. O município que abriga o Pico do Ibituruna era conhecido como Governador “Valadólares” em alusão à quantidade de cidadãos que, sem opção de emprego no Brasil, eram impelidos a buscarem dólares americanos para enviar às suas famílias que ficavam por aqui. Em 2002 (último ano do Governo FHC), a cidade tinha 250 mil habitantes, sendo que mais de 40 mil viviam nos Estados Unidos.

Isso acontecia por todo o país e era amplamente divulgado pela imprensa. Brasileiros sem perspectivas de vida abandonavam seu país, suas famílias e amigos, em busca de dias melhores. Não lhes restavam alternativas.

Hoje isso mudou. Milhões de brasileiros, desde a primeira eleição de Lula, voltaram ao nosso país justamente por aquilo que internamente nossa mídia oculta dia e noite: o aumento sucessivo da renda e a diminuição do desemprego.

Segundo relatório da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do IBGE, entre 2001 e 2011 a renda per capita das famílias brasileiras cresceu 32,6% (2,9% ao ano), passando de R$ 591 para R$ 783,00. A pesquisa mostra ainda que, entre a classe média, o ritmo de crescimento da renda foi acima da média. Nos últimos dez anos, o rendimento per capita desse grupo passou de R$ 382 para R$ 576, variação de 50%, ou 4,2% ao ano. O estudo destaca que o número de postos de trabalho cresceu 20% no período com ampliação de 16 milhões de vagas, passando de 76 milhões em 2001 para 92 milhões em 2011, o que consequentemente levou a uma queda na taxa de desemprego.

Esses são alguns números, comprovados por vários outros estudos de diversas instituições e universidades, que nos ajudam a entender como o Brasil conseguiu reverter o êxodo de sua população em busca de dias melhores em outros países.

Mas por incrível que pareça, por uma dessas ironias da vida, há aqueles que estão deixando o nosso país por outro motivo, diferente da falta de perspectiva de emprego ou da diminuição da renda: a insatisfação com esse novo Brasil que vai surgindo.

De acordo com a reportagem do The Wall Street Journal Americas de 09/02, "já faz décadas que os ricos e poderosos do Brasil vêm adquirindo imóveis de luxo em Miami e comprando vorazmente nas lojas de Bal Harbour. Nos últimos meses, porém, um bom número de brasileiros reagiu à reeleição de Dilma Rousseff decidindo fincar raízes mais duradouras na região de Miami".

Pobres ricos brasileiros!!! Não estão mais suportando esse flagelo de ver a ralé ascendendo social e economicamente no seu torrão natal. Negam-se a conviver com a gentalha e fogem para Miami. Claro que o pretexto é outro, tal como quer fazer crer certo brasileiro já “exilado” naquela região e porta-voz dos “brasileiros honestos”.

Ainda segundo a reportagem, “um exemplo típico desses exilados de classe alta é a dona de casa Regina Sposito Pires, que mora em São Paulo e recentemente fez uma viagem de exploração com sua família para comprar um imóvel em Miami. Depois de pensar no assunto por algum tempo, Pires, que tem 45 anos, tomou uma decisão em 26 de outubro, quando Dilma conquistou seu segundo mandato numa eleição apertada. ‘Foi como se alguém tivesse morrido’, diz Pires, mencionando sua frustração com a alta taxa de criminalidade do Brasil e a corrupção no governo. ‘Eu disse ao meu marido que a pouca vontade que eu tinha de ficar no Brasil tinha acabado’”.

Essa elite vai para Miami morar em condomínios de luxo, leva suas riquezas obtidas à custa da mais-valia sobre trabalhadores brasileiros e ainda posa como vítima. Pobre elite refém de um país inseguro para guardar suas fortunas em períodos de turbulência política e econômica como o Brasil. A julgar pelas investigações que estão sendo feitas no HSBC e outros bancos e paraísos fiscais, não estão de todo errados. Até a ameaça de um famigerado imposto sobre grandes fortunas esses pobrezinhos estão sofrendo aqui no Brasil. Quanta injustiça!

É como bem disse um autêntico representante desses inconformados com o governo do PT, o antropólogo Roberto da Mata: "A elite brasileira não gosta do Brasil e não se pode cultivar o que não se gosta. Se existe desprezo, não existe reflexão". Pois bem, que fiquem por lá. Brasileiro por brasileiro sou mais o trabalhador que, como bom filho, para casa voltou desde o primeiro mandato de Lula.

Luciano Rezende é professor do IFF/Bom Jesus

Na Estreia do Filme “Lampião, o Rei do Cangaço”




Ana Maria Silveira




Em 1964, nossa querida Vanja Orico levou para o Cine São Bento, em Niterói, a primeira apresentação do filme “Lampião, o Rei do Cangaço”.

Este filme destaca a figura de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Dirigido por Carlos Coimbra é o primeiro de um ciclo de filmes sobre o fenômeno do cangaço no Nordeste brasileiro.

O cinema estava lotado. Como convidados especiais ela teve Renée e Badger Silveira, que se sentiram muito honrados pelo convite.

Vanja, ao sentar-se para a sessão, dispôs Badger ao seu lado esquerdo e Renée ao direito.

 Durante o filme, segurou as mãos de ambos, carinhosamente, sobre seu colo. A aventura cinematográfica foi se desenrolando com momentos de muita ação. E foi durante um terrível tiroteio entre cangaceiros e policiais, cercados por um barulho estrondoso no meio da caatinga que Badger escutou o inconfundível, o arrastado ronco de Renée. Aflito, quis cutucá-la por trás do encosto da cadeira de Vanja, mas esta segurava sua mão firmemente, de modo que não conseguia se soltar. Vexado, já desatento ao filme, ficou pensando em uma maneira de acordá-la. Arriscou olhar por trás da cabeça da anfitriã e constatou o pior: Renée não só roncava como estava com a cabeça totalmente caída nos ombros da atriz.

Um tempo depois Badger percebeu a mão de Vanja vagarosamente soltando a sua e aproveitou para tentar acordar Renéezinha.

Disfarçando mais que possível, levantou o braço com cuidado, virou a cabeça para o lado da esposa quando percebeu que Vanja também dormia, também roncava e que estava totalmente caída sobre a cabeça de Renée. Ainda ouviu um dos atores sentados na fileira de trás murmurar: “não se preocupe, governador, a Vanja também está dormindo...”

Quando a sessão terminou Badger cochichou nos ouvidos das duas: “-Mas que papelão miserável vocês fizeram!”

 Todos riram muito e essa história sempre foi relembrada lá em casa.

Vanja foi uma das primeiras pessoas a nos demonstrar solidariedade por ocasião do golpe militar. Era uma guerreira! Seu sorriso cativou a todos. Deixou-nos em 28 de janeiro último com muita saudade e a lembrança do seu espírito solidário, da sua alegria, do seu grande empenho em divulgar pelo mundo a cultura do povo brasileiro.

21/02/2015

Ana Maria Silveira é filha do ex-governador Badger Silveira

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Grota do Sítio Rio Preto



Georgina, presidenta da Associação

Em reunião realizada no Sítio Rio Preto, no dia 27 de fevereiro, a Associação dos Amigos do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira promoveu as diligências para a regularização da doação do terreno onde será construía a sede do Memorial.

Além disso, deu-se o início aos preparativos para as comemorações do 1º ano de fundação da Associação, que ocorrerão no dia 8 de agosto (sábado), entre as 12h e 16h.

A Associação oferecerá um almoço aos visitantes, às 12h, que conhecerão a área onde será edificada a sede da entidade, assim como outros pontos de interesse como o acervo provisório do Memorial, a Bica onde Roberto Silveira bebia água em folha de inhame roxo.

Segundo Celso Bartolazzi, presente à reunião, e que nasceu no dia 06/ 09/1941, na Serra da Boa Vista, próxima à Fazenda São Tomé, que pertenceu a Boanerges Borges da Silveira, Roberto Silveira aprendeu a beber água com o pai: "Boanerges costumava beber água nas grotas da Fazenda São Tomé em folha de inhame roxo", salientou.

Os visitantes conhecerão, ainda, as nascentes existentes no Grotão do Sítio Rio Preto.

Durante o evento, ocorrerá a 1ª Feira de Produtos de Bom Jesus do Itabapoana. Farão apresentação o Coral Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira, assim como o Caxambu que se originou a partir da Fazenda São Tomé e, cujos integrantes, de Cachoeiro de Itapemirim (ES), são descendentes da escrava Estelita, da região, que foi adquirida por fazendeiros portugueses para amamentar seus filhos na Fazenda de São Vicente, região de Cachoeiro de Itapemirim.


 










quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Cratera ao pé da estação da CEDAE





       Professor Ricardo Freire
   

O professor Ricardo Freire, que possui em seu currículo obras de pequeno e grande porte nas últimas três décadas, se deslocou até a cratera existente ao pé da estação da CEDAE, por solicitação de O NORTE FLUMINENSE, para fazer uma avaliação sobre a situação. Segue seu texto encaminhado ao nosso jornal.




                                                                   (fotos: André Luiz de Oliveira)


Estive lá, no dia 03 de dezembro, e observei que a situação não é boa. Estamos na estação das chuvas, que vai até o final de março de 2015 e sabemos que são chuvas de forte relevância e, de certo modo, contínuas, de pouco espaço entre elas.

Com isso, teremos um escoamento maior dos sedimentos que sustentam o barranco, levando cada vez mais rápido os mesmos para as ruas e ocasionando um grande transtorno ao comércio.

Em 2010, estive na secretaria de obras e solicitei ao então secretário a limpeza do então canal embaixo da Praça Amália Teixeira e nada foi feito até agora, dia 22 de janeiro de 2015.

O canal continua assoreado, aumentando as consequências prejudiciais ao comércio. Sem contar que poderemos ter uma das maiores catástrofes já existentes em nosso município, pois com esse escoamento e a não limpeza do canal e o rompimento da base de sustentação da estação, que possui uma capacidade de cinco milhões de litros, todo o centro da cidade estaria em risco.

A solução existe, mas como estamos na época das chuvas, a coisa complica um pouco, pois há um trâmite de processo, projeto, licitação, escolha da empresa vencedora, início de obra e compra de material. Tudo isso leva em torno de um mínimo de 180 dias e, após este período, já teremos passado pelo pior, e sabedores do resultado conforme anteriormente mencionado.

Hoje, temos como dar uma solução a isso. Existem várias maneiras de prevenir este acontecimento, mas não vejo interesse em resolver o problema por parte da administração municipal.

Assim, enquanto em São Paulo todos estão rezando para chover, aqui, ao contrário, temos de rezar para não chover.

ELEITA DIREÇÃO DO CENTRO POPULAR PRÓ-MELHORAMENTOS DE BOM JESUS



Daniel de Oliveira, dr. Davson de Oliveira Ney, Dulce Helena Fiaux Brandão, dr. José Antônio Rangel, André Luiz de Oliveira, Antônio Gualhano, João Carlos de Souza Benedito, Jussara Gomes de Souza, Ivana dos Santos Gomes e Antônio Soares Borges




No dia 11 de fevereiro passado, foi eleita a nova diretoria do Centro Popular Pró-Melhoramentos de Bom Jesus, assim como os membros do Conselho Fiscal.

Por exigência legal e disposição estatutária, o Conselho Deliberativo é composto de 15 (quinze) conselheiros titulares. Na reunião, compareceram 11 (onze) de seus membros, o que corresponde ao quórum de 73,50 % (setenta e três e meio por cento). Houve a inscrição de chapa única, que foi eleita por aclamação, para um mandato de dois anos, até 2016. Deliberou-se, ainda, que a diretoria do Centro Popular, mantenedora de suas entidades, acumulará, de início, as funções administrativa e financeira. A diretoria ficou assim constituída:

Presidenta
Ivana dos Santos Gomes

Vice-Presidente
Antônio Soares Borges

Primeira Secretária
Jussara Gomes de Souza
 
Segundo Secretário
Bruno Rogério Magalhães Monteiro

Primeiro Tesoureiro
Geraldo Brambila de Souza

Segundo Tesoureiro
José Antonio de Almeida Rangel
 
Consultor Jurídico
Dulce Helena Fiaux Brandão
 

CONSELHO FISCAL

José Luiz Simões de Oliveira
Fabrício Cadei Mendes
José Aurélio de Oliveira
Itamar Rangel de Souza
Adelson Alberoni

  


DISCURSO DE POSSE DE IVANA DOS SANTOS GOMES


Conselheiros, Autoridades, Comunidade, funcionários, amigos aqui presentes,

Boa noite a todos,

Sinto-me profundamente honrada com a missão que me foi atribuída pelo presidente do Conselho Deliberativo Sr. João Carlos Benedito e demais Conselheiros.

Na carreira de um docente, de gestor público, não poderia haver nada mais desafiador. Trata-se de um momento ímpar em minha vida, uma oportunidade de servir ao meu Município, ao povo bonjesuense, em especial à imensa parcela da população que depende do SUS para garantir a proteção, a prevenção, o tratamento e a reabilitação da sua saúde.

Mas, sinceramente, o que mobiliza os meus mais profundos sentimentos nesse momento tão especial, o que me agita e instiga, é a oportunidade a mim conferida de dar continuidade a tudo que vem sendo construído nestes dois anos. Penso nesse instante em tudo aquilo que poderemos fazer, contando com o apoio de todos, em defesa daqueles que buscam o atendimento de saúde hospitalar e em defesa da vida.

Muito do que sou e das escolhas que fiz ao longo da vida devo à origem simples da minha família e a sólida formação que recebi dos meus pais.

Como Professora e gestora, sou fruto da formação e experiências que vivi.

Sou produto ainda dos meus alunos, colegas professores de longas jornadas, dos companheiros que estiveram ao meu lado n as mais diferentes experiências de gestão que vivi ao longo de 30 anos.


Sou agitada, inquieta, idealista, adoro desafios. Sou, sobretudo, alguém que acredita que se pode mudar e fazer diferente. Manteremos tudo aquilo que vem sendo conduzido brilhantemente pela equipe do Hospital, mas temos o desafio de aprimorar e ampliar ainda mais os processos em curso, de inovar onde for preciso, de ir além.

Aprendi, que não se pode perder, jamais, a capacidade de se indignar com a dor e o sofrimento de cada cidadão, de ceder à injustiça. Sei que às vezes não é possível mudar, mas jamais deixarei de tentar fazê-lo.

Nesta convivência com a Saúde Hospitalar, passei a compreender que a ciência, a técnica, a gestão e a política são indissociáveis na produção de uma sociedade melhor, esse é o grande desafio, encontrar um caminho onde os interesses de cada área sejam atendidos.

A minha trajetória profissional, professor e gestor público, sempre esteve fortemente relacionada com a construção da política pública de educação, nunca me imaginei numa gestão hospitalar, desvendando convênios, implementando o SUS.

O que me move para enfrentar os problemas existentes no Hospital São Vicente de Paulo, não é a simples glória de apresentar indicadores mais satisfatórios. O que me move a enfrentar os desafios do Hospital é o desejo de lutar para oferecer condições, condições estas que são necessárias para salvar vidas. O mesmo desejo que me movimenta no sentido da organização, da ampliação de serviços, da retomada dos serviços de alta complexidade, como a abertura da UTI, da Hemodiálise, dos leitos de retaguarda, e tudo que estiver ao nosso alcance e o que não estiver vamos lutar, vamos buscar para conseguir.

Teremos, entretanto, muitos desafios inerentes à administração hospitalar, à justiça do trabalho, à Receita federal e outros órgãos participantes do contexto do Hospital, até conseguirmos solucionar todos os problemas existentes.

Destaco a criação do Comitê Gestor, a participação da Consultoria Mgest, dos Administradores Carlos José e Luciana Moulin. Com esta equipe, medidas estão sendo analisadas, direcionadas, acompanhadas e executadas de forma mais técnica, ousada e corajosa. Com forte participação de vários representantes do corpo clínico.

Podemos e precisamos avançar ainda mais. A transição que vivemos, entretanto, nos apontam a necessidade de enfrentar com a mesma determinação desafios que não podem ser adiados e que precisam ser reforçados.

Equilíbrio financeiro, qualidade no atendimento, abertura de novos serviços, são questões que merecerão nesta gestão, absoluta prioridade. Tratam-se, entretanto, todas, sem exceção, de ações que precisam ser realizadas, sempre, de forma articulada com as políticas públicas, com as demais esferas de governo e com a sociedade civil organizada para que tenhamos sucesso.

Temos que ousar, construir novos formatos e repensar a dinâmica do hospital de forma que garanta a qualidade e a entrega do que foi contratualizado pelo poder público, de forma transparente.

Como disse, o desafio é dar continuidade às ações iniciadas até agora com aprimoramento e inovação. Por isso, precisamos aprofundar a modernização gerencial, agilizar e simplificar processos de trabalho na administração, rever sua estrutura, evitar o retrabalho, simplificar o diálogo com as demais esferas de governo e descentralizar algumas decisões, dar mais transparência, ampliar os mecanismos de gestão participativa e poder, assim, planejar e gerir de forma eficiente e eficaz, a política hospitalar para os próximos anos.

Queremos desde já explicitar que não abriremos mão dos valores, princípios e ideais que forjaram o que somos, como pensamos a vida, como nos conduzimos na vida pública, aquilo que nos indigna e que nos mobiliza sempre. Vivemos intensamente esse processo ao longo da vida e, especialmente, ao longo dos últimos dois anos.

Conclamamos o Secretário Estadual e Municipal para discutirmos, em particular, a política de assistência hospitalar filantrópica do São Vicente, principalmente os aspectos relacionados a partilha de responsabilidades. Temos que nos mobilizar e juntos fazer a devida análise de custo-efetividade. Vamos buscar e lutar, Hospital, Ministério da Saúde, Secretaria de Estado e Município, para reverter essa situação.

Precisamos, avançar em um dos mais complexos desafios para a consolidação administrativa do Hospital, o estabelecimento de carreiras para os trabalhadores. Temos que encontrar caminhos para implantação de uma carreira para os profissionais desse Hospital, e temos a convicção de que o êxito só será alcançado nessa empreitada com o equilíbrio financeiro e a participação efetiva dos representantes das classes e Diretoria.

Queremos aqui render honras aos Profissionais que trabalham Hospital. O atendimento carinhoso, respeitoso, cuidadoso e técnico do Hospital, não existiria sem vocês. Assim, continuaremos uma relação franca e aberta, uma parceria de verdade. Para isso queremos aperfeiçoar e valorizar ainda mais os canais de diálogo com todas categorias profissionais que constroem o Hospital São Vicente. De nossa parte, da parte da Diretoria, ratificamos esse compromisso de diálogo frequente, buscando ajustar as necessidades e construir conjuntamente com as entidades representativas, as respostas efetivas.

Queremos agradecer e fazer uma saudação especial a todos os bonjesuenses que participaram indiretamente e diretamente dessa grande luta, com suas críticas, elogios, reclamações, sugestões, doações e orações.

Queremos aqui dizer a vocês que tem o meu compromisso, o compromisso da nossa equipe, de buscar, para além do peso administrativo do cotidiano, aumentar cada vez mais nossa escuta e nosso acolhimento, reconhecendo as diferenças e nossas limitações.

Por fim, faço um convite. Na verdade uma convocação para que cada um de vocês, onde estiver, seja parte deste imenso, apaixonante e necessário movimento de reconstrução de um HOSPITAL comprometido com a defesa da vida! Estaremos juntos! Esse é o compromisso da Diretoria do Centro Popular! Este é o meu compromisso!!!"

Bom Jesus, RJ, 11 de fevereiro de 2015.

Ivana dos Santos Gomes

JOÃO VALINHO e MARIA MAGDALENA XAVIER- Famílias Tradicionais de Bom Jesus







Do livro BOM JESUS, LEMBRANÇAS E RECORDAÇÕES, de Helton de Oliveira Almeida e João Batista Ferreira Borges, Almeida Artes Gráficas, 2000

domingo, 22 de fevereiro de 2015

54 ANOS DA MORTE DE ROBERTO SILVEIRA




Roberto Silveira: glória de Bom Jesus do Itabapoana

No próximo dia 28 de fevereiro, transcorrerão 54 anos da morte do governador Roberto Silveira, vítima de atentado em Petrópolis (RJ).

Nascido no dia 11 de junho de 1923, no Sítio Rio Preto, em Bom Jesus do Itabapoana - assim como seus irmãos Badger, Zequinha, Maria da Penha e Dinah - Roberto estudou na Escola Municipal de Barra do Pirapetinga, com a professora Olga Ebendinger.

Colégio Rio Branco, onde estudaram os irmãos Roberto, Badger e Zequinha Silveira, funcionou entre 1920 e 2010, e, hoje, compõe o ECLB (Espaço Cultural Luciano Bastos)


Posteriormente, estudou na escola da professora Amália Teixeira e no Colégio Rio Branco, ambos localizados na cidade de Bom Jesus do Itabapoana.

Na década de 1940, Roberto estudou na Faculdade de Direito de Niterói.

Elegeu-se deputado estadual em 1947, sendo reeleito em 1950.

Ismélia e Roberto Silveira

Em 1951, casou-se com a bonjesuense Ismélia Saad, filha do libanês Melhim Hanna Saad e Alzira Sauma Saad. Com ela teve três filhos: Jorge Roberto, quatro vezes Prefeito de Niterói, Dôra, museóloga e historiadora, e Márcia, socióloga. Jorge é casado com Cristina Ramalho Silveira com quem tem um filho: Roberto. Márcia é casada com o médico Alberto Domingues Viana, radiologista e professor da UFF. Eles possuem um casal de filhos: João Alberto, médico como o pai, e Maria Roberta, que é administradora de empresa.

Foi secretário estadual do Interior e Justiça, sendo eleito vice-governador em 1954. 

Foi eleito governador em outubro de 1958.

Ana Maria Silveira e Badger Silveira Filho, sobrinhos de Roberto Silveira, sustentam que o tio foi alvo de atentado

Tido como futuro presidente da República, sucedendo a João Goulart, após adentrar em helicóptero para verificar os estragos causados pela enchente em Petrópolis, o aparelho, alvo de trama de forças interessadas em seu desaparecimento, desgovernou-se ao decolar. Sua queda causou a morte de Roberto Silveira.

Um mar de guarda-chuvas no adeus ao inesquecível Roberto Silveira

Ana Maria Silveira, sobrinha do ex-governador, encaminhou ofício à Comissão da Verdade solicitando a investigação do atentado (cf. http://onortefluminense.blogspot.com.br/2014/06/roberto-silveira-foi-vitima-de-um.html )

Ismélia Silveira: lágrimas que nunca findam

(Fotos do livro ROBERTO SILVEIRA, A PEDRA E O FOGO, de José Sérgio Rocha)

No dia 10 de agosto de 2014, no Sítio Rio Preto,  onde nasceram Roberto e seus irmãos, foi realizado o lançamento da pedra fundamental do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira.

Seu exemplo de luta e de vida é luz a iluminar nossos caminhos.


Roberto Silveira, Ismélia  e os filhos

ROBERTO SILVEIRA VIVE!

AGOSTINHO BOECHAT E IRACEMA SERÓDIO BOECHAT


Da Série Famílias Tradicionais

FAMÍLIAS TRADICIONAIS DE BOM JESUS DO ITABAPOANA







Agostinho Boechat nasceu na fazenda Novo Oriente, em 20 de julho de 1905, e é o único filho vivo de Norberto Emilio Boechat e Amélia Lemgruber Boechat, ambos descendentes dos imigrantes suíços que chegaram ao Brasil em 1819.

Criado na fazenda, aprendeu cedo a experimentar a luta do trabalhador do campo, principalmente no cultivo de café do qual era um apaixonado. Com cerca de 20 anos, mudou-se para Pirapetinga, então Vargem Alegre, de onde nunca mais saiu, tornando-se o líder comunitário e político que todos conhecem, tendo sido eleito, consecutivamente, por seis mandatos para a Câmara de Vereadores, sendo um dos que lutou para a elevação da vila à categoria de Distrito.


Casou-se em 1941, com Iracema Seródio Boechat, professora recentemente formada, filha de Laudelina Frias Seródio e Jacinto Vieira Seródio, este tendo chegado ao Brasil no princípio do século, proveniente da Ilha de São Miguel, território português, nos Açores. 

Ele, lutador intransigente e total pelos interesses de sua comunidade e ela, mestra inigualável , prepararia para a vida de várias gerações de pirapetinguenses, tendo também manifestado na luta política, ao lado do marido, e com sensibilidade rara marcou presença na sociedade acadêmica, tento publicado um livro de poemas, além de ter sido eleita para a Academia Bonjesuense de Letras.


Nunca se afastou de sua querida Pirapetinga e já com as limitações da idade ainda era senhor da Praça, onde se assentava diariamente e recebia a atenção e carinho de todos os seus conterrâneos.


O casal teve 4 filhos: Jacinto, professor, político e líder comunitário, à imagem do pai; Maria Lúcia, professora e advogada, também com atuação importante na comunidade Norberto e Agostinho, ambos médicos.


Agostinho e Iracema, após João Catarina, são a expressão mais vibrante da história de Pirapetinga, pelo exemplo de trabalho e pelo conjunto da obra realizada.


Faleceu no dia 18 de abril de 1999, aos 93 anos de idade.

(Do livro "Resgatando o Passado. Importante Documentário de Bom Jesus. Lembranças e Recordações", de Helton de Oliveira Almeida e João Batista Ferreira Borges, edição de 2000)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015



ALMANAK BOM JESUS (I)
Dados compilados por Balthazar Franco da Silva










Balthazar Franco da Silva foi contador da Gráfica Almeida. Em 2001, elaborou o presente texto e entregou-o ao proprietário da firma, Helton de Oliveira Almeida, que encaminhou, agora, ao O NORTE FLUMINENSE para inédita publicação.



A finalidade desta "obra" é relatar fatos, nomes e profissões de nossa Bom Jesus, tal como os famosos almanaques do século XIX, porém nas décadas 50 e 60 do século XX.

Açougues - Armindo Silva, Filhinho Mathias, Chico Machado, Chico Tito, Agostinho Moraes Soares.

Advogados - Deusdedith Tinoco, Aníbal Amim, Octacílio de Aquino, Boanerges Silveira, Francisco Moraes Ferreira, Oscar de Andrade, José do Canto, Sylvio Perissé Portugal, José Luiz Maron.

Agente da Estrada de Ferro - Sr. Arantes.

Agentes dos Correios - Sebastião Moreira, Dilermando Torres de Azevendo.

Agrimensor - Marçal.

Água em domicílio - Brandão (José Dutra Nicácio).

Alfaiates - Homero Motinho (Tijolo), Juquita, José Cordeiro, Elias Chalhoub, Pedro Wakim, Moraes (O Az), Waldemar Moço, Mozart, Constantino, Sebastião Martins de Souza (Bá), Francisco Godoy, Manoel Ribeiro, Sebastião Lima, Zé do Olinto e Branco, Noro.

Ambulantes - Amador Pinheiro, Zé Gringo.

Arrecadadores de Institutos - Dermevaldo Bastos Tavares (Santinho): IAPC, Balthazar: IAPETEC, Zilton Citele Assad: IAPB.

Artigos Escolares - Tinta Sardinha, Tinta Parker Quink, Pilot, Borracha Mmut.

Artigos de toucador - Sabonetes: Palmolive, Life Boy, Gessy, Phebo, Aristolino, Sabão Piteira. Brilhantinas: Coty, Royal Briar, Glostora. Leite de Colônia e Leite de Rosas, Creme Dental Colgate, Kolynos, Loção Pindorama, Gumex.

Atrações da Festa de Agosto - Pipocas, Algodão Doce, Roleta do Genaro, Parques, Banda de Música Lyra de Apolo, Machambomba, Jogo Progresso x Olympico.

Autoridades Militares - Cel. Lan Monteiro, Major Barbosa, Capitão do Bar, Tenente Assú, Sargento Barbeiro, Cabo Lola.

Autoridades Policiais - No Espírito Santo: Jararaca, João Belmiro, Oitocentos e Cabo Josias. No Estado do Rio de Janeiro: Cabo Oto, Ten. Coaracy, Zé dos Temperos (Distempero).

Avaliador da Comarca - Elcy Teixeira dos Santos.

(continua)




domingo, 8 de fevereiro de 2015

FAZENDA DO ENGENHO E SUAS HISTÓRIAS







Em 1834, o mineiro José de Lannes Dantas Brandão se estabeleceu, com seus irmãos Antônio e Francisco, na Fazenda do Engenho, localizada às margens do ribeirão de São Sebastião.






Esta Fazenda, juntamente com a Fazenda São José por ele estabelecida em terras que hoje pertencem a Porciúncula (RJ), criaram as bases para a criação do município de Natividade (RJ).


Esta história é narrada por Leontília Maria da Silva Garcia, viúva de Abelino Garcia da Fonseca, o último proprietário da histórica Fazenda do Engenho.

Abelino Garcia da Fonseca: último proprietário da Fazenda do Engenho
 

Vivenda Maria Altina, no centro de Natividade (RJ)


Segundo Leontília, posteriormente, a Fazenda do Engenho foi propriedade do médico Tancredo Lopes e sua esposa Maria Altina. "Eles eram proprietários da Fazenda e do casarão conhecido como Vivenda Maria Altina, localizado no centro da cidade. O prédio onde ficava a senzala, contudo, já não existe mais".

Celina Garcia da Fonseca e Abel Jacinto da Fonseca, antigos proprietários da fazenda



Segundo Leontília, "na década de 1960, puseram fogo na Fazenda do Engenho, em decorrência de disputa política. A fachada e apenas algumas partes do interior se mantiveram intactas. Atualmente, meu enteado Afrânio Mendonça e minha filha Zélia Garcia da Fonseca são os mais entusiasmados em preservar o casarão e sua história", salienta.

Banheiro foi preservado


Interior da sede da fazenda


Parte da Fazenda do Engenho foi, há anos, transformada em loteamento, que deu origem ao bairro Morada do Engenho, também conhecido como Bairro Santa Terezinha. Com o falecimento de Abelino, novo loteamento deverá ser implementado.

Fazenda do Engenho e a área onde deverá ocorrer um novo loteamento










quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Bonjesuense lança obra-prima








Norberto Serôdio Boechat lançou, no final de 2014, o livro "Lembranças de Escritas", pela Editora Parthenon, uma coletânea de crônicas que finaliza com a peça teatral "De repente, vozes".

Segundo Dalma Nascimento, doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada (UFRJ), "o médico-escritor Norberto Serôdio Boechat foi recolhendo rios de memórias ficcionalizadas nas páginas descritas destas Lembranças de escritas, onde pulsa a vida, mas também lateja o coração."

Olívia Barradas, doutora e professora de Literatura Comparada, Semiótica e Teoria Literária, ex-professora de Literatura Brasileira da Universidade de Paris III, salientou, por sua vez:   " Parafraseando o médico baiano Clementino Fraga ao afirmar que 'Medicina é Ciência e também Arte', Norberto Seródio Boechat alia a ciência médica à linguagem artística, despertando com estas Lembranças de escritas a emoção no leitor".

Eliana Bueno Ribeiro, doutora em Ciência da Literatura, pela UFRJ, com pós-doutorado em Literatura Comparada pela Universidade de Paris III, e editora da revista Passages de Paris, salientou, sobre a obra: "Mais feliz, este menino-interiorano-médico-da-cidade chega ao dia da narração. Mais que histórias estruturadas temos aqui cenários e personagens como ínidices de momentos, índices de um tempo e da passagem do tempo. Farpas de madeira que seguem a correnteza e servem como roteiros para que cada leitor viaje até sua própria infância e reencontre os coadjuvanets de sua história particular".




O editor Muro Carreiro Nolasco ressaltou: " As situações aqui registradas nos emocionam, e trocamos de lugar com o pensador ao tentar entender o correr do tempo e as mutações. O autor e os personagens a desfilar histórias... O livro leva a pensar, comove e encanta".

Considerado uma obra-prima, a capa é uma aquarela criada pela premiada artista plástica paulistaVeronica Debellian Accetta. 








SENZALA








Tarcísio Borges
 
 
Nossas avós mentiam. Por vezes acertavam, ao nos dizer “Antes só...”. No mais, mentiam com regularidade nos aconselhamentos. Você ouviu: “A melhor herança que podemos deixar aos filhos é a faculdade”. Isso não é verdade! Talvez tentassem justificar as falências das grandes plantações. Os ciclos da cana-de-açúcar e do café afetam sua vida particular até hoje, leitor– além das provas escolares. Daquela época, demoliram quase tudo – senzalas, calabouços, pelourinhos. Alguma casa-grande está por aí em ruínas. Porém, as marcas indeléveis do período nas nossasalmas não foram eliminadas. Essa abordagem sequer será aceita. “Aquele menino, coitado, estudou muito e enlouqueceu!”. Vejamos: a chibata permanece levantada aos gritos. “Se você não me obedecer, vou lhe dar um murro na cara!”. E o tronco dos castigos e ameaças não é desativado. Sua casa, leitor, devia ser local de harmonia e paz. Sair de lá deveria ser algo evitado pelos seus filhos, para não perderem a festa. De modo geral, ocorre o contrário. Na comunidade, após a expulsão dos negros, sobraram gente falida, capatazes, feitores e assemelhados – e seus descendentes. Todos gritando uns com os outros, cenhos franzidos, caras amarradas. Na cidade de poucas famílias numerosas, o seu primo passa por você na rua e finge não lhe ver. Teme lhe fazer favores. (Quer apenas o seu dinheiro). Tais pessoas acreditam que sorrir abre a guarda, e poderão ouvir ofensas se olharem para cima – o que por vezes ocorre. Vivem em pequenos grupos seguros. Ouviram suas avós. Nossos antepassados deviam ter lutado para romper os grilhões do emprego sem concurso (uma ilusão do mérito). Deviam ter dito que a única herança duradoura que se deixa aos filhos são os valores de família. Deviam ter cultivado a honestidade. Para ter filho bem sucedido – na Faculdade, profissão e família –, deixe-lhe todos os dias a herança mais vantajosa: afeto.

Tarcísio Borges, nascido em Bom Jesus do Itabapoana, é médico e escritor

Nem todos somos Charlie Hebdo






Ana Maria Silveira

 

   Ficamos assustados com os acontecimentos relacionados aos ataques ao semanário francês Charlie Hebdo. Ao primeiro impacto veio à tona a defesa incondicional da Liberdade de Expressão. Milhares de pessoas em todo o mundo foram às ruas para protestar contra os ataques aos cartunistas do Charlie.

 Com o desenrolar das informações chegadas pela mídia nacional e internacional ficou-se sabendo também que a Religião Muçulmana não admite a representação de seu Profeta Maior, Maomé, em nenhum tipo de imagem gráfica ou escultural, como os Católicos, por exemplo, representam seus Santos.

  Foi dito ainda, pela mídia, que não era a primeira vez que os Muçulmanos se sentiam ofendidos com as representações impressas do seu Profeta pela imprensa de cultura ocidental. Eles vêm expressando com protestos e até mesmo com ataques a pessoas e a gráficas esse descontentamento.

Os cartunistas do Charlie, numa equivocada “arrogância colonizadora”, continuaram atacando e desrespeitando o Islamismo. Nada justifica qualquer tipo de violência seja ela física, ou verbal, ou moral, mas o comportamento deliberadamente agressivo dos cartunistas franceses culminaram com toda essa tragédia, perfeitamente dispensável se as pessoas, ditas “civilizadas” soubessem respeitar às outras, indiferentemente da nacionalidade, religiosidade, cor da pele, partido político, time de futebol.

Não satisfeitos, os jornalistas do Charlie, num gesto injuriante e de uma provocação sem precedentes, insistiram em representar o Profeta na capa da edição histórica do semanário, desta vez chorando e dizendo: “Je suis Charlie”.

 Fazer crítica é uma coisa, agredir é outra bem diferente. Quando percebemos nossos erros, devemos pedir desculpas.

Nesse episódio os muçulmanos não estavam se sentindo criticados e sim agredidos. Se lhes é demasiadamente ofensiva a representação da figura do seu Profeta, por que não respeitá-los? Não podemos confundir liberdade de expressão com bullying.

 Quando um falso pastor foi à televisão e despedaçou uma imagem de N.S. Aparecida, minha mãe, que era católica fervorosa, ficou indignada. Chocada. Adoecida. Aquele gesto a feriu profundamente, a ela, uma idosa que estava dentro de casa sem fazer mal a ninguém. É mais do que evidente que o mesmo acontece com os seguidores do Livro Sagrado do Islã quando veem seu profeta tripudiado.

Antiga, mas sempre válida para qualquer situação é a Terceira Lei de Newton, também conhecida como Princípio da Ação e Reação,que nos ensina:”A toda ação há sempre uma reaçãooposta e de igual intensidade.”

Admiráveis são nossos cartunistas Maurício de Souza, Juarez Machado, Ziraldo, Laerte, Millôr, Péricles, Luiz Sá, irmãos Caruso, Borjalo, Jaguar, Lan, Ique, Henfil, Angeli, Gonsales, Claudio Paiva, Glauco, e muitos outros, que nos arrancam --como reação-- saudáveis gargalhadas.

15 de Janeiro de 2015
 
Ana Maria Silveira é filha do ex-governador Badger Silveira