O outro lado de Pureza

João Batista Barros Jr: "prefeitura abandonou Pureza"

Os moradores de Pureza, distrito de São Fidélis (RJ), entrevistados por nossa reportagem, revelaram insatisfação com a prefeitura de São Fidélis e a CEDAE. Segundo João Batista "a prefeitura abandonou Pureza. Basta olhar as ruas, nossa praça com brinquedos estragados causando perigo para as crianças, e a falta de política de desenvolvimento para nossa comunidade".

Orlando Martins, Dílson Nicolau Barcelos e Amaro Vieira com Bernardo Contildes (2 anos): críticas ao poder público

 
Dilson Nicolau, por sua vez, diz que "não temos prefeito. Ninguém faz nada por nós. Pureza está abandonada à sua própria sorte", lastima.

Amaro Vieira faz coro com Dílson: "a administração municipal é péssima. Pureza está largada". 

Orlando Martins fez críticas à CEDAE: "existe um vazamento de água tratada há 20 dias, e a CEDAE nada faz. Já fiz inúmeras reclamações e ninguém resolve o problema".

Perguntada se Pureza iria bem, Nilda Fernandes Werneck sentenciou: "Pureza vai bem mal".


Um morador, que preferiu não ser identificado, disse que "o prefeito não faz numeração de casas em nosso distrito, porque não quer ver o progresso de Pureza". Outro morador finalizou: "Aqui em Pureza só há uma ambulância. Se duas pessoas passarem mal ao mesmo tempo e necessitarem dela, uma morrerá".
  

Cláudia Mara Rodrigues da Silva também engrossa o coro: "Pureza está abandonada. Não fazem nada por nós. Não há emprego, não há diversão". 

Maria Aparecida Soares Ribeiro: " Nossa situação está  péssima. O prefeito não liga para Pureza. Ele só vem aqui em época de eleição, para pedir voto. Só o vemos de quatro em quatro anos. A única coisa positiva aqui é o médico cubano que atende todos os dias, mas isso é coisa do governo federal", salienta.

Luís Barcelos, nascido em Pureza, e, embora não mais resida no distrito, está sempre em sua terra natal. Ele tem, também, reclamações: " nossos filhos têm de mudar para outro lugar, porque aqui não tem trabalho. Nossa única Usina fechou há vários anos".

Uma estampa de camiseta, com a figura de Charlie Chaplin, talvez resuma o sentimento dos moradores entrevistados.