quarta-feira, 30 de março de 2016

Mãos da Usina Santa Maria se aproximam do sonho


                                        Fotos de Edilene Peres

As afirmações de que o prédio do Teatro Cinema Conchita estaria "condenado", acrescido à queda de uma parede lateral do mesmo, não foram suficientes para impedir os moradores da Usina Santa Maria em sonharem e lutarem por seus sonhos.


Arquivo de ONF
Prédio do Teatro Cinema Conchita de Moraes  após a queda da parede lateral, no dia 02/01/2016

Assim é que, após conseguirem o atestado de um engenheiro assegurando que as paredes restantes estavam intactas, os moradores, liderados por  Jorge Roberto Milano, o Betinho, arregaçaram as mangas e foram à luta.


 

Dentro em breve, estarão conseguindo o que parecia ser impossível: a parede do emblemático prédio, fundado na década de 1950, e por onde se apresentaram ícones da música brasileira como Nelson Gonçalves e Ellen de Lima, estará restabelecida.



Juntamente com Betinho, se destacam sua esposa, a artista plástica Marina Dutra, e a artesã Edilene Peres, que idealizam outro sonho: estabelecerem em 6 de agosto, dia previsto para a reinauguração do Conchita, um local onde possa ser comercializada toda a produção cultural da comunidade.




O próximo desafio será o restabelecimento do teto do Conchita e, para isso, será necessária a continuação do apoio de todos. 

Arquivo de ONF
O interior do Conchita, antes do desabamento da parede lateral

Quem desejar colaborar com essa meritória iniciativa, pode fazer contatos com Betinho, através dos telefones: 022-3835-3016 e 022-981303132 ou pelo e-mail: betinhomilao@hotmail.com.


Quem puder contribuir financeiramente, a conta bancária é: Banco Itaú. Ag. 6106 CC. 00046-3. Neste caso, solicita-se o encaminhamento de comprovante do depósito, para registro dos doadores, cujos nomes serão fixados em placa, no dia da reinauguração do prédio.
 
Arquivo de ONF

A reinauguração histórica do Teatro Cinema Conchita de Moraes está prevista para o dia 6 de agosto





































terça-feira, 29 de março de 2016

LIVRO HISTÓRICO SERÁ LANÇADO NO ECLB NESTE DIA 30/03




O cientista

Manoel Basilio Furtado nasceu no dia 2 de novembro de 1826, em Queluz (MG). 

Cientista, realizou estudos de flora e fauna, chegando a visitar, juntamente com Dom Pedro II, a gruta conhecida como Babilônia, em Juiz de Fora.

Realizou estudos em nosso município, por onde passou, deslocando-se até o município capixaba de Castelo.

A bonjesuense Paula Aparecida Martins Borges Bastos, Pró-Reitora do IFF, esteve à frente deste projeto que permite o lançamento desta importante obra, amanhã, às 19h30min, no auditório do ECLB.
.

CINEASTAS CONCLUEM FILMAGENS PARA DOCUMENTÁRIO


                                                                                                            Fotos de Rocio Salazar

Os cineastas Phillip Johnston e Rocio Salazar estiveram no fim de semana passado nas Usinas Santa Maria e Santa Isabel, realizando as últimas filmagens que constarão do documentário a respeito da luta dos moradores em defesa do patrimônio cultural.
Betinho Milano comanda os trabalhos de restabelecimento do Conchita na Usina Santa Maria

Dessa vez foram entrevistados Miguel de Oliveira,  Jorge dos Santos, Betinho Milano, 
Maria Lucia Oliveira de Sousa (Baluça), Paulo Tardin e Arquimedes Soares da Silva (Merinho), entre outros.


André Luiz de Oliveira, Edilene Peres e Jacira formaram a competente equipe de apoio que permitiu que os cineastas pudessem exercer suas atividades com excelência.


O documentário será exibido no dia 6 de agosto, dentro de uma qualificada programação preparada pelos cineastas, por ocasião da histórica reinauguração do Teatro Cinema Conchita de Moraes.



Essa inauguração integra as atividades previstas para o 7º Circuito Cultural Arte Entre Povos em nosso município.




segunda-feira, 28 de março de 2016

OS 91 ANOS DO DR. ÉLIO NUNES DA SILVA




No próximo dia 21 de março, completará 91 anos de idade o nosso conterrâneo dr. ÉLIO NUNES DA SILVA.

Ele realizou os seguintes estudos:
Primário: Grupo Escolar Pereira Passos
Ginasial: Colégio Rio Branco
Científico: Colégio Municipal de Muqui (ES)
Superior: Universidade Federal Fluminense de Medicina
Exterior: Organización Mundial de La Salud


Ocupou os seguintes cargos:

Pronto Socorro do IAPETEC de Niterói (RJ)
Chefe de Zona, Setor e Divisão no estado de Minas Gerais
Chefe da Inspetoria Seccional de Saúde dos Portos, Aeroportos e Fronteiras (Porto Marítimo de Sepetiba)
Assistente da Inspetoria de Saúde de Portos, Aeroportos e Fronteiras (RJ)
Supervisor da Transamazônica

Título: Grau de "Oficial" da "Ordem da Estrela do Acre", conferida pelo Governador do Estado do Acre, Geraldo Gurgel de Mesquita.

O NORTE FLUMINENSE parabeniza o DR. ÉLIO, desejando-lhe muitos anos de vida!

O ACERVO DO MEMORIAL GOVERNADORES ROBERTO E BADGER SILVEIRA




Desde agosto de 2014, quando restou lançada a pedra fundamental do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira, no Sítio Rio Preto - onde nasceram Roberto, Badger, Zequinha, Dinah e Maria da Penha Silveira - o acervo tem crescido, assim como as placas indicativas sobre a importância histórica do local.



Foi no Sítio Rio Preto que Boanerges Borges da Silveira, pai dos governadores, teve uma reviravolta em sua vida: passou a dormir cedo, e levantar da cama no final da madrugada. Capinou, plantou e colheu os primeiros frutos de uma pequena lavoura.



Foi no Sítio Rio Preto, também, onde ocorreu seu primeiro drama: a morte do recém-nascido Colombo, nome dado em homenagem ao médico Colombino Teixeira, primo de Biluca, a esposa de Boanerges, que fizera o parto.



 

Boanerges compôs, então, os seguintes versos para seu filho:

" Vestido de azul num caixãozinho
de lilás de nívea transparência
ele tinha entre as mãos um ramozinho de flores
e perfume de inocência...
vi meu filho
Tinha a face escorada meio branca
qual flor caída que perdera o brilho
a poucos passos he esperava a campa
e abrindo no espaço, um vão, um trilho... 
foi-se meu filho"

Outro susto, ocorrido no Sítio Rio Preto, foi quando Badger Silveira, com dois anos e meio, teve gripe espanhola, que matou mais de vinte milhões de pessoas no mundo. Dois empregados chegaram a morrer dessa gripe, mas Badger conseguiu se recuperar.

Vejam algumas fotos atuais do Sítio Rio Preto.















No dia 02 de abril, ocorrerá o 1º Festival do Pastel e do Quibe, no Sítio Rio Preto, em favor das obras do Memorial. O valor do ingresso é de R$8,00. 





Apoios e contato para informações com Cintia de Oliveira Santos Nunes, diretora do Memorial. As contribuições financeiras devem ser informadas por e-mail, para identificação do colaborador e para fins de registro do nome em placa que será fixada por ocasião da inauguração do Memorial.

(cinttianunes@gmail.com e 022-999989395)

Conta Corrente:
Ag:0178
CC:24328-8
Caixa Econômica Federal







FAÇA PARTE DESTA HISTÓRIA!

COLABORE COM UM DOS ITENS ABAIXO PARA A EDIFICAÇÃO DA PARTE BAIXA DO MEMORIAL


a)     84 vergalhão 4.2

b)    420 vergalhão ¼

c)     100 vergalhão 3/8

d)    24 vergalhão  ½

e)     10 vergalhão 5/8

f)      20 kg arame 18

g)     10 kg prego 18/30

h)    150 taipá

i)       350 sacos de cimento

j)       5.000 lajotas

k)    40 m3 areia lavada

l)       40m3  brita




A planta do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira



quinta-feira, 24 de março de 2016

Personalidades apoiam o Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira



André Luiz de Oliveira vistoriou as obras do Memorial nesta quarta-feira


Nesta semana curta de trabalho nas obras do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira, ocorreu o  início da fase do cimento, brita e areia.  




O apoio que a Associação dos Amigos do Memorial tem recebido tem sido significativo para a realização dessa obra.

Deve-se registrar, aqui, a contribuição financeira de personalidades como Badger Silveira, filho do ex-governador Badger Silveira, de Wilma Martins Teixeira Coutinho, que trabalhou nos governos de Roberto e Badger Silveira, assim como de outras cinco pessoas, que estão permitindo o pagamento da mão de obra.




Ocorreu, ainda, a doação de material de construção feita por Alessandro Nunes, Eraldo Saloto e Gino Bastos.





No dia 02 de abril, ocorrerá o 1º Festival do Pastel e do Quibe, no Sítio Rio Preto, em favor das obras do Memorial. O valor do ingresso é de R$8,00. 





Apoios e contato para informações com Cintia de Oliveira Santos Nunes, diretora do Memorial. As contribuições financeiras devem ser informadas por e-mail, para identificação do colaborador e para fins de registro do nome em placa que será fixada por ocasião da inauguração do Memorial.

(cinttianunes@gmail.com e 022-999989395)

Conta Corrente:
Ag:0178
CC:24328-8
Caixa Econômica Federal












FAÇA PARTE DESTA HISTÓRIA!

COLABORE COM UM DOS ITENS ABAIXO PARA A EDIFICAÇÃO DA PARTE BAIXA DO MEMORIAL


a)     84 vergalhão 4.2

b)    420 vergalhão ¼

c)     100 vergalhão 3/8

d)    24 vergalhão  ½

e)     10 vergalhão 5/8

f)      20 kg arame 18

g)     10 kg prego 18/30

h)    150 taipá

i)       350 sacos de cimento

j)       5.000 lajotas

k)    40 m3 areia lavada

l)       40m3  brita




A planta do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira



terça-feira, 22 de março de 2016

Memórias Fluminenses: Lançamento no dia 30 de março, no ECLB









Personalidade nacional soma forças com o Conchita


                                                                           Fotos de André Luiz de Oliveira e Edilene Péres
Paulinho Discos: viagem no tempo

Hoje, as obras do Teatro Cinema Conchita de Moraes receberam a visita de uma personalidade nacional: Paulo Tardin, conhecido como Paulinho Discos, o maior colecionador de filmes raros e de faroeste do Brasil (ver em https://www.youtube.com/watch?v=o80CxokTraI)

Entrevistado por Jô Soares e Ana Maria Braga, entre outros, Paulinho Discos chegou a ser alvo de um documentário intitulado "LONGE DO OESTE" (https://www.youtube.com/watch?v=U2rY8OWAa5k)



Jorge Roberto, o Betinho, a liderança do restabelecimento do prédio, Eliete, responsável pelo resgate histórico, Paulinho Discos e Eduardo Rosa, o guardião do Conchita

Segundo Paulinho Discos, "estar diante do prédio do Teatro Conchita de Moraes é como fazer uma viagem no tempo. Há cerca de 42 anos atrás, eu possuía uma empresa de sonorização conhecida como 'Paulinho e o Som 2001', e fui contratado para a reinauguração do Teatro Cinema Conchita de Moraes, que, na época, passou a ser conhecido como Clube Conchita de Moraes. Recordo-me que, na ocasião, o Conchita estava lotado. Foi considerado o maior acontecimento da época"..



De acordo com Paulinho Discos, "foi uma satisfação ver que a parede lateral que tinha desabado está sendo restabelecida. Tenho certeza que a comunidade conseguirá reinaugurar o prédio no dia 6 de agosto. Para que isso ocorra, é importante a mobilização da sociedade, pois será um espaço de desenvolvimento cultural para a comunidade".

Paulinho Discos deve preparar uma programação especial de filmes que serão exibidos para a comunidade, após a inauguração do Conchita.


Paulinho Discos: apoio à reinauguração do Teatro Cinema Conchita de Moraes

HOMENAGENS A ESCRITORES E COMPOSITOR



Suelena Capaccia Fiori, profª de História e Geografia, Regina Célia Dornela Valinho, diretora, Eliane Costa de Almeida, profª. da Língua Portuguesa, Gino,  Adriane de Almeida Louvem Pimentel, profª. de Artes, Anito Teixeira Abreu, prof. de Matemática e Maria Carmem da Silva, pedagoga: homenagem a Padre Mello e Elcio Xavier


A Escola E.E.F.M. Horácio de Plínio de Bom Jesus do Norte (ES), dirigida por Regina Célia Dornela Valinho, recebeu da editora O Norte Fluminense, exemplares dos livros "Obras Selecionadas de Padre Mello" e "O Véu da Manhã", de Elcio Xavier, tendo em vista as suas datas natalícias, que ocorrerão nos dias 26 de abril e 03 de maio.


O Centro Educacional Santa Rita de Cássia recebeu, por sua vez, livros sobre a obra de Padre Mello.

O Norte Fluminense promoverá, ainda, homenagens, durante o mês de maio, aos escritores Norberto Boechat, nascido no dia 12 e dr. Ayrthon Seródio, nascido no dia 21, assim como a Salim Darwich Tannus, autor da canção consagrada como o Hino de Bom Jesus.

As escolas interessadas em receber os livros e participarem das homenagens podem manter contato através do e-mail: onortefluminense@hotmail.com

André Luiz de Oliveira entregou exemplares do livro "Obras Selecionadas de Padre Mello" à diretora do CESRC, Maria Eugênia Monteiro Rangel











Cinco Quadras



                              
                                                                                                                   
                                            I
                   Inda nos lábios o beijo,
                      que sensação, bem sentida!
                      Chegas-te, doce desejo,
                      tão amarga, a despedida!

                              II
                      Suspiros, doces que são,
                      os beijos são igualmente,
                      o meu doce coração,
                      suspira continuamente.

                                  III
                      O vento passa, um degredo,
                      cai a chuva em quantidade,
                      relâmpagos, inda bem cedo,
                      é tremenda a tempestade.

                                 IV
                      Seja qual o dia for,
                      sou civil, não uso farda,
                      pra resguardar meu Amor,
                      estou sempre, na retaguarda.

                              V
                      Minha sogra é tão gentil,
                      desde sempre, só bonança,   
                      moro no lindo Brasil,
                      ela, bem distante, na França!  


                       Agosto/2015                          José Pais de Moura

A AGONIA DA VIOLA DE ARAME

 
A agonia da viola de arame

A Casa da Farinha constitui um prédio emblemático na vida da Família Silveira, uma vez que foi na propriedade onde a construção foi erguida, que Antônio Ignácio da Silveira, avô dos futuros governadores Roberto e Badger Silveira, se instalou, no final do século XIX, assim que veio para Bom Jesus, onde as terras eram férteis e atrairam muitos açorianos.

Badger Silveira e Ana Maria Silveira, filhos do ex-governador Badger Silveira visitaram, em 2014, o cômodo que restou do casarão onde residiram seus bisavós


Antônio Ignácio veio para Bom Jesus no século XIX, após a morte de seu pai, Manuel Ignácio Silveira, português do arquipélago dos Açores, trazendo uma viola de arame presenteada por ele, além de uma quantia em dinheiro. Ao se fixar nesta propriedade, costumava participar de reuniões festivas onde se dedicava a tocar sua viola. 

Badger Silveira e Ana Maria Silveira visitaram também o interior da Casa da Farinha, contígua à residência de seus bisavós

A professora Maria Borges da Silveira, esposa de Antônio Ignácio, veio posteriormente, de Niterói, juntamente com os filhos, entre os quais Boanerges, pai dos governadores.


Foi Antônio Ignácio, por outro lado, que participou ativamente na luta pela 1ª emancipação de Bom Jesus, que ocorreu no dia 25 de dezembro de 1890. Essa índole política foi transmitida naturalmente a Boanerges que, por sua vez, repassou-a a seus filhos Roberto, Badger e Zequinha Silveira, sendo certo que Roberto Silveira estava em caminhada certa para ocupar a presidência do país.

A preservação deste prédio, portanto, é relevante não só para a história de nosso município, mas para a história do nosso estado e do Brasil.

O fato é que o tempo passa e não se tem notícia de qualquer movimentação das autoridades para encontrar uma saída para a preservação deste prédio.

Estaremos condenados a assitir a agonia derradeira da viola de arame?



Como era a Casa da Farinha












domingo, 20 de março de 2016

O poder alienante das redes sociais




O poder alienante das redes sociais

O Jornal de todos Brasis

Por Hideraldo Montenegro
Como o uso exagerado das redes sociais, mais especificamente o Facebook, tem interferido nas relações entre as pessoas e como estas relações tem causado alterações e quais seus efeitos na sociedade? Em que, basicamente, se apoia o Facebook para atrair e manter as pessoas dependentes do seu uso?
Não é difícil traçar um perfil da maioria dos usuários do Facebook. As razões aparentes podem ser diversas para o seu acesso contínuo. Desde a simples diversão, como para comunicar-se, divulgar ideias, na divulgação de criação de projetos literários, na exposição de ideais políticos e religiosos e, até mesmo, encontros com objetivos sexuais. Contudo, mesmo que uma parte dos usuários seja atraída para essa rede com esses objetivos, a maioria o faz impulsionada pela autoafirmação. Diremos que a principal motivação de acesso ao Facebook é a autoafirmação. É aquilo que estar por trás da força de atração da própria rede e a dependência que cria nas pessoas. Ou seja, o seu grande poder para criar um vínculo constante em seus usuários.
Por que podemos concluir e afirmar que a principal motivação do uso de redes sociais, como o Facebook, ocorre em virtude da autoafirmação? Não é difícil constatar, através das postagens da maioria absoluta dos usuários, a confirmação desse fato. Óbvio que essa motivação tem um conteúdo psicológico e, portanto, merece uma delicada e profunda avaliação. Mas, não é difícil entender o impulso que faz as pessoas postarem fotos exageradamente (de todo tipo e de vários momentos). O que deseja uma pessoa provocar nas outras, quando posta uma foto, principalmente em situações muito particulares, como estar numa praia bebendo, almoçando num restaurante, posando de biquíni ou sunga e, até mesmo, a foto da própria comida?
O que vemos no Facebook é uma caricatura, com objetivos evidentes de distorcer a própria realidade em que vive a maioria das pessoas que o usam. Nessa rede, todos são bonitos(as), bem-sucedidos(as), sábios, inteligentes, bem informados(as), etc. Nela, deparamo-nos com outra realidade; uma realidade mascarada, onde não há pobreza, restrições intelectuais, etc. É um mundo mágico, onde todos podem converter-se ou converter sua realidade num sonho idealizado. Fundamentalmente, no Facebook, a maioria tenta vender uma imagem de poderoso(a), esperto(a), atraente, “descolado(a)”. Não é à toa, que nessa rede, ideias alienantes encontrem tanta repercussão e adesão. O meio é propício e fértil para isso. Afinal, é um universo mágico, em que a realidade é alterada, sem, no entanto, alterar a realidade. Há uma “criação” de uma realidade, mas não a alteração da realidade, porque nessa rede tudo se transforma numa realidade virtual e, podemos deduzir, isso já supre as deficiências sociais que os usuários encontram em seu universo real. O fato é que o mergulho nessa realidade virtual tem gerado uma falta de interação mais constante entre as pessoas. Não é difícil assistirmos usuários alheios ao mundo à sua volta porque estão acessando essa rede e vivendo-a como se nada mais existisse. Diversas reportagens já foram realizadas, flagrando pessoas acessando a rede na hora de um confraterno encontro para almoço, num ponto de ônibus, etc, confirmando a alienação em que a maioria dos usuários dessa rede vive.
Conseguimos compreender porque a maioria do povo brasileiro se tornou usuário e dependente dessa rede, pois, afinal, a qualidade de vida que esse povo leva é “compensada” por uma “vida virtual” que o envolve numa magia criadora e transformadora que não encontra em seu mundo real. Ali, ele tem, supostamente, a liberdade de levantar a voz; de construir suas teorias políticas e espirituais; de bradar seu inconformismo com ferocidade; de ser bravo e respeitado, sem saber, no entanto, que essa pseudodemocracia desse meio eletrônico é uma farsa, montada para criar nele a ilusão de que realmente é uma pessoa que tem algum valor civil, já que sua cidadania quase sempre é desconsiderada e, sente-se impotente, incapaz, desprezado e humilhado pela estrutura social em que ver-se inserido. No Facebook, as pessoas são “adicionadas”; fazem parte de uma grande malha de inter-relacionamentos; sentem-se existentes. E, nada mais gratificante ou mais cativante do que sentir-se valorizado. É justamente esse “valor” que a maioria das pessoas não encontra em sua convivência social mais direta.
Quando uma pessoa está acessando o Facebook, por exemplo, tem a falsa sensação de que foi “adicionada” socialmente, que encontrou sua identidade social. Sente-se, afinal, que pertence a um grupo e que tem algum valor nele. Sua voz é ouvida e, na maioria das vezes, respeitada. E, o que supostamente mensura a sua voz são as “curtidas”. Cada “curtida” tem uma repercussão, naquele que fez alguma postagem, resgatando a sua autoestima através do sentimento de uma valorização social, que poucas vezes encontra em seu próprio meio de convívio direto.
Mas, até aonde isso tem interferido e contribuído para modificar a nossa sociedade? Mais recentemente assistimos mobilizações populares serem provocadas e realizadas a partir dessa rede social. O poder que, através dela, se tem para divulgar e provocar reações nas pessoas é considerável e merece, realmente, atenção. Porém, até o momento só verificamos reações mais conservadoras e, até mais reacionárias. Isso é significativo e um indicativo que o poder de manipular tem encontrado um eco preocupante nessa rede social. Evidentemente, que isso aponta para a essência daquilo que está sendo manipulado, o ego dos usuários. É muito mais fácil estimular pessoas que estão vivendo um processo de alienação, pois, a realidade, naquele meio, também é manipulada. A alienação só fortalece a desinformação e vice-versa. E, a desinformação profunda a respeito da dinâmica e motivação de nossas estruturas políticas por parte da maioria dos usuários, tem servido de campo para criar adesão nos mais desavisados. Imaginam que estão oferecendo-lhes opções e oportunidades melhores, quando estão apenas sendo usados. Podemos constatar isso quando lemos uma informação intencionalmente distorcida e que, no entanto, encontra rápida cooptação nos usuários.
O estudo e a pesquisa que se pode realizar nesse meio é fácil de ser efetuado, pois, ele oferece um painel muito claro para chegarmos a uma conclusão bem fundamentada a respeito das motivações e efeitos nos seus usuários e a influência tem nas atitudes individuais e coletivas.