sábado, 10 de junho de 2017

DIA 11 DE JUNHO: ANIVERSÁRIO DE ROBERTO SILVEIRA


Amanhã, Roberto Silveira completaria 94 anos de idade. Nasceu no Sítio Rio Preto, distrito de Calheiros, em Bom Jesus do Itabapoana. Logo depois, foi morar na Fazenda São Tomé, onde seu pai, Boanerges, lhe disse que teria nascido de uma pedra.

ROBERTO SILVEIRA E A PEDRA



Do livro "A PEDRA E O FOGO, ROBERTO SILVEIRA", de João Sérgio Rocha, Casa Jorge


Faleceu em 28 de fevereiro de 1961, em decorrência das queimaduras recebidas pelo fogo originado a partir da queda do helicóptero onde se encontrava. Há quem sustente que o helicóptero de Roberto Silveira teria sido preparado para que causasse sua morte, uma vez que ele se despontava como possível futuro presidente do país.

Vejam as fotos que indicam que Roberto Silveira caminhava para ser presidente da República.


(fotos do livro "A PEDRA E O FOGO, ROBERTO SILVEIRA", de João Sérgio Rocha, Casa Jorge)

O primeiro encontro de Roberto Silveira com Getúlio Vargas



Niterói, em 1948, por ocasião da campanha O Petróleo é Nosso, com 25 anos, discursa perante o general Horta Barbosa, de chapéu na mão, em comício na estação das barcas. Ambos estavam na mira do DOPS

Roberto ouviu os conselhos de Vargas e se elegeu  vice com mais votos  do que o governador Miguel Couto

               Como vice-governador fluminense e secretário-geral do PTB nacional, Roberto acompanhou João Goulart, o  Jango, nos encontros com o presidente norte-americano Eisenhower

Roberto Silveira acompanhou João Goulart, também, nos encontros com o vice-presidente norte-americano Richard Nixon
Roberto Silveira, à esquerda de Jango, faz as pazes com Amaral Peixoto, à direita do General Lott (que garantiu a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek e o vice João Goulart, vencedores da eleição de outubro de 1965)


Na Leiteria Bom Jesus, com o Ministro da Guerra, Odílio Denys.  O governador faz amigos até na área militar


Com Jango e Roberto em seu comando nacional, após o suicídio de Vargas, o PTB cresce em todo o país

Juscelino Kubitschek queria Roberto Silveira como companheiro de chapa na eleição presidencial de 1965


Ao lado de Leonel Brizola, eleito no mesmo dia pelos gaúchos. Os dois jovens governadores seriam candidatos potenciais à Presidência da República, se o golpe militar de 1964 não tivesse abortado as eleições de 1965



O ADOLESCENTE ROBERTO SILVEIRA


Ana Maria Silveira



Sempre ouvi dos seus irmãos,Badger, Penha e Zequinha, que Roberto era uma pessoa especial, diferente.  Desde criança as desigualdades sociais o incomodavam. Fazia questão, mesmo pequenino, de que todos participassem de qualquer evento, sem discriminar ninguém. Acolhia os mais afastados das brincadeiras e com um simples olhar conseguia que o grupo fizesse o mesmo. A prima Arlete, sua colega no curso primário, nos disse que quando Roberto chegava à escola uma satisfação imensa tomava conta de todos.
-Roberto era pura alegria! O dia em que ele faltava era longo e sem graça!
Como adolescente também se destacava pelo bom humor, pelo seu caráter forte, pela generosidade, pela curiosidade insaciável que o fazia devorar os livros, pela sua rara inteligência. 
Quando completou 17 anos, com o entusiasmo de sempre, comentou:
- Mamãe, quando eu fizer 24 anos, serei eleito deputado. Aos 28 vou me reeleger. Com 31 anos, vou me eleger vice-governador e em 1958, governador. Se não me matarem, serei um grande presidente da república!
- Mas por que o matariam, meu filho?
-Por causa das reformas que vamos fazer! O Brasil será melhor para se viver! E, se não me impedirem,vamos unir a América do Sul. Nela temos tudo: minérios, petróleo, imensas áreas agrícolas, pecuária e grandes líderes também. Poderemos ser independentes, autossuficientes!
-Muito bem! Mas como vai conseguir tudo isso? Perguntou Biluca sorrindo, incrédula...
De fato, Roberto e seus irmãos, primos e colegas foram se organizando ao longo do curso secundário e consolidando suas várias carreiras políticas durante os cursos nas faculdades de Direito e Medicina.
Zequinha foi para o Sul, no Paraná, abrir caminho para o Roberto no futuro, quando viesse candidato à presidência. Foi prefeito de Nova Esperança, deputado estadual, deputado federal. Jorge Loretti estrategicamente entrou para a UDN. Lá na frente alcançou sua meta: na hora exata, apoiou Roberto na sua candidatura ao governo do Estado do Rio. Palmir Silva, Edésio da Cruz Nunes, o primo Moacyr do Carmo estiveram sempre com ele. Badger seguiu pelo Estado do Rio. João de Seixas Dória foi abrir caminho no Nordeste. Chegou a Governador de Sergipe, deposto pelo golpe militar. O amigo Sigmaringa Seixas rumou para Goiás, radicando-se no DF. Tantos outros como Herval Basílio, Michel Saad e Raul de Oliveira Rodrigues foram engrossando o grupo de jovens políticos dos mais íntegros, combativos, éticos, e sempre bem-humorados quecompartilhavam os mesmos ideais.
Foi uma passagem meteórica a de Roberto, mas deixou marcas profundas e o exemplo de como governar com lisura, honestidade nas ações, competência e amor à causa pública.


Ana Maria Silveira é filha do ex-governador Badger Silveira

















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